Disney fará maior expansão de seus parques em 53 anos; vem aí a “terra dos vilões”

Os vilões da Disney vão ganhar um parque temático todinho para eles. Chamado por ora de Villains Land, o novo espaço ficará no Magic Kingdom, na Flórida, e deve ter o mesmo tamanho de parques como o dedicado ao universo Star Wars. 

Junto com o Frontierland, que receberá uma atualização, os dois projetos representam a maior expansão já feita no Magic Kingdom desde sua inauguração em 1971. 

A novidade foi anunciada na D23 Expo, a conferência bianual da companhia para seus fãs de carteirinha (e para o mercado). Em novembro, o Brasil receberá pela primeira vez uma edição da D23 – a sigla remete ao ano de fundação da companhia, em 1923.

A construção da Villains Land começa no ano que vem, mas não há previsão de sua inauguração.

“Desde o começo, nossos vilões da Disney nos deram infinitas possibilidades de contar novas histórias,” disse Josh D’Amaro, presidente da Disney Experiences, a divisão que engloba os parques e os navios de cruzeiros. “Nesta nova área, você verá histórias contadas numa escala que só a Disney pode oferecer.”

Na apresentação do Villains Land na D23, a Disney exibiu ilustrações conceituais mostrando uma montanha-russa sombria e uma Malévola cuspidora de fogo. 

Outras franquias populares da Disney também vão ganhar um banho de loja. A Monstros SA terá uma área no Disney’s Hollywood Studios, também em Orlando, onde ficam as atrações dos sucessos de bilheteria. Lá a empresa terá sua primeira montanha-russa suspensa.

No universo Marvel, o Avenger Campus vai dobrar de tamanho na Califórnia. 

A empresa também anunciou que quatro novos navios se juntarão à frota da Disney Cruise Line entre 2027 e 2031.

A companhia prometeu um investimento de US$ 60 bilhões na divisão Experiences nos próximos 10 anos como parte da estratégia de manter sua competitividade no segmento.  

Cerca de 70% dos recursos irão para os parques nacionais e internacionais (são quatro fora dos Estados Unidos: Paris, Tóquio, Shanghai e Hong Kong) e as linhas de cruzeiro. O restante será aplicado em tecnologia e infraestrutura.

Na divisão de filmes, a D23 não decepcionou os fãs. Foram anunciadas sequências de franquias de sucesso como Moana 2, Os Incríveis 3, Toy Story 5, seguindo a promessa que Bob Iger fez em seu retorno ao comando da companhia em 2022.

As novidades anunciadas ainda não fizeram a ação da Disney andar. O papel fechou o dia a US$ 85,95, o menor nível dos últimos cinco anos. 

Os resultados do terceiro tri, publicados semana passada, também não ajudaram. Embora a empresa tenha reportado lucro e receitas maiores do que o esperado, a receita operacional caiu na unidade Experiences, que inclui os parques temáticos. A divisão tem sofrido com o aumento da inflação e a demanda mais fraca do consumidor. 

Nem a magia do Mickey resiste a um bolso apertado.

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